1. The beginning and the choice / O início e a escolha

How medicine chose me (Portuguese version below)

I was convinced I would grow up to be a professional athlete, but life experiences destined me for medicine. My father encouraged me to overcome limits on bike trails and through various adventures since I was born. When I was 8, we suffered a motorcycle accident on a trail, and my dad went into a coma for 15 years. It gave me the motivation to never give up on anything, as he didn’t give up on life.

Thus, I went to live with my grandparents. One of my grandfather’s greatest joys was watching me play soccer. I slept in a room next to my grandpa’s, who was diagnosed with cancer. We fought together for 7 years – we used to pray every night together, and I also assisted him during his crises due to chemotherapy. During this time, I decided I would use the persistence I learned from my dad to become a professional soccer player.

One of my grandfather’s greatest joys was watching me play as I went from the worst to the best of the teams I played on through daily training. I will never forget when I was playing in a final and we were losing the game 1-0 when I saw my grandfather arrive at the crowded school stadium. Then, I scored the two goals that turned the game around, and we became champions of the city. When the referee blew the whistle, students from all over the school entered the field to carry me, and my grandfather was among them. Before his death, I was able to win several titles, become the top scorer, the best player, and even make it into the local newspapers a few times. It gave him hope in his fight against cancer and to follow my career.

Translate: “Folha do Mate”, the local newspaper of my hometown – Venâncio Aires, 2008 (12 years old)

In the 96/97 category, Daniel Bohn was chosen as the Highlighted Athlete of the Tournament for his beautiful dribbling, passes, and goals. Daniel is dedicated to training, both physically and tactically. He rarely misses training, maintains a healthy diet, doesn’t drink sodas, and often skips rope in addition to all the training provided by the club. All of this allows him to develop great resistance and muscle explosiveness.

Six months after my grandpa’s death, my grandmother, who lived with us, developed aggressive, widespread cancer and passed away within 2 months. I was 15 years old. Since I was 8, I had been training every day to become a professional soccer player, resulting in numerous injuries and visits to doctors, especially due to overtraining. I spent long periods sidelined by injuries, and through my interactions with many doctors, I understood how painful it is to be away from the sport due to physical conditions – stretching, sprains, bruises, strains, and fractures are on the list. However, the most significant injury occurred one year after my grandparents’ deaths. I was diagnosed with bilateral femoroacetabular impingement and had to undergo surgery. This condition forced me to reconsider pursuing a professional sports career.

I had two choices: to be depressed and feel sorry for losing the ones I loved most and seeing my dream ruined by an injury, or to rise and pursue an even greater life purpose. So, I decided to become a doctor to help others with the condition I faced. The surgery and the way my doctor (Dr. David Gusmão) treated me, combined with my life experiences, led me to choose medicine. I decided to become a doctor, more specifically, an orthopedic surgeon specializing in sports medicine.

Then, I shifted my priorities. Instead of soccer, studying became my number one focus. [Click here to continue]

Como a Medicina me Escolheu / How medicine chose me 

Estava decidido que seria um atelta profissional, mas as experiências em minha vida me direcionaram para a medicina.

Meu pai era um esportista radical. Ele me encorajava a superar meus limites em trilhas, mergulhos e variadas aventuras desde muito pequeno. Aos meus 8 anos, sofremos um acidente de motocicleta em uma trilha e ele entrou em estado de coma por 15 anos. Isso me deu motivação para nunca desistir de nada, assim como ele nunca desistiu da vida.

Minha mãe ministrava diferentes cadeiras em uma universidade, fazia seu dourado e projetos científicos. Então, eu morava a maior parte do tempo com meus com meus avós; dormia em um quarto ao lado do meu avô, que havia sido diagnosticado com câncer. Lutamos contra a doença por 7 anos; orávamos juntos todas as noites e eu o auxiliava em suas crises devido à quimioterapia. Uma das grandes alegrias do meu avô era me ver jogar futebol; Decidi que usaria a disciplina ensinada pelo meu pai para ser um jogar de futebol profissional. Ao longo dos anos, meu avô pode me ver passar do pior ao melhor jogador dos times em que jogava. Uma grande lembrança é de de estar jogando a final do campeonato mais esperado da cidade, que ocorria apenas uma vez ao ano. Estavamos perdendo de 1 a 0 quando vi meu avô entrando no ginásio da escola lotado. Eu marquei os dois gols da virada o fomos campeões. Quando o juiz apitou, os estudantes de toda a escola entraram na quadra e me carregaram. Meu avô estava entre eles.

Antes de sua morte, eu já havia ganhado diversas medalhas por títulos, artilheiro e melhor jogador do campeonato e já havia ido ao jornal algumas vezes por causa do esporte. Isso lhe dava esperança para seguir enfrentando o câncer e acompanhar minha carreira.

Seis meses após a morte do meu vô, por metástase pulmonar, minha avó, que morava conosco, teve um câncer fulminante disseminado e faleceu em 2 meses. Eu tinha 15 anos. Desde meus 8 eu estava treinando todos os dias para ser um jogar de futebol profissional; nesse processo, tive diversas lesões e visitas a médicos, especilamente devido a treino em excesso. Devido a isso, fiquei longos períodos afastado e entendi o quão doloroso é estar afastado de suas atividades por condições que afetam o corpo – distensões, entorses, traumas e fraturas estiveram na minha lista. Porém, a maior lesão veio um ano após o falecimento dos meus avós, no periodo em que eu estava mais focado em meus treinos. Fui diagnosticado com Impacto Femoroacetabular Bilateral (nos dois quadris). Essa condição me forçou a mudar meus planos a respeito de seguir a carreira esportiva profissional.

Eu possuia duas (2) escolhas: ficar deprimido e sentindo pena de mim pela perdas de quem eu mais amava e por ter tido meu sonho arruínado por uma lesão (1) ou seguir em frente e estabelecer um propósito de vida ainda maior (2). Eu escolhi a segunda e decidi me tornar Médico para ajudar outras pessoas nas condições em que eu estive. A minha cirurgia no quadril e a maneira como meu médico (Dr. David Gusmão) me tratou adicionados às minhas experiências no esporte e as muitas idas a médicos e exames realizados por lesões, bem como as condições familiares, definiram a minha escolha. Decidi ser médico, mais especificamente um cirurgião Ortopédico na área esportiva.

Continua em [ Resiliência e Medicina/ Resilience and medicine ]

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